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Investimento em pequenos agricultores é a melhor maneira de superar a pobreza, aponta relatório da ONU.

“A agência de meio ambiente das Nações Unidas e uma organização de desenvolvimento agrícola da ONU afirmaram nesta terça-feira (4), um dia antes do Dia Mundial do Meio Ambiente, que dadas as condições adequadas e um apoio concentrado, os pequenos agricultores podem desencadear uma revolução agrícola sustentável.
De acordo com o relatório “Pequenos Agricultores, Segurança Alimentar e Meio Ambiente”, cerca de 500 milhões de famílias de pequenos agricultores fornecem mais de 80% dos alimentos consumidos em grande parte do mundo em desenvolvimento, especialmente no sul da Ásia e na África subsaariana. Das 1,4 milhão de pessoas que vivem com menos de 1,25 dólar por dia, a maioria depende da agricultura para sobreviver.
Achim Steiner, subsecretário-geral da ONU e diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), afirma que após duas décadas de baixo investimento na agricultura, a crescente competição por terra e água, o aumento no preço de combustível e dos fertilizantes e as mudanças climáticas deixaram os pequenos agricultores com poucas chances de escaparem da pobreza.
O relatório deixa claro que o investimento no setor agrícola oferece a maior taxa de retorno para os interessados na superação da pobreza – o documento mostra que para cada aumento de 10% nos rendimentos agrícolas, houve uma redução 7% da pobreza na África, e uma redução de mais de 5% na Ásia.
Além disso, investir nos pequenos agricultores acelera o progresso para atingir as oito metas de combate à pobreza conhecidas como Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), bem como na construção de uma agenda pós-2015 sustentável, disse Steiner.
Elwyn Grainger Jones, diretor da Divisão de Clima e Meio Ambiente do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (IFAD), afirma que os pequenos agricultores possuem conhecimentos locais que podem oferecer soluções práticas, necessárias para a agricultura atingir um patamar mais sustentável. “Para colocar estes pequenos produtores na vanguarda de uma transformação na agricultura mundial, eles precisam do apoio adequado para superar os desafios que enfrentam”, acrescentou Jones.
O relatório foi lançado pouco antes do Dia Mundial do Meio Ambiente (5), que este ano terá como sede principal a Mongólia. O tema deste Dia está intimamente ligado à segurança alimentar, com foco na redução do desperdício ou perda de um terço de todos os alimentos produzidos – 1,3 bilhão de toneladas, ou 1 trilhão de dólares.”
(retirado de: http://www.onu.org.br)

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