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Há um novo projeto no distrito de Évora que vai transformar as cascas do lixo em solidariedade

Missão Cascas Solidárias promete revolucionar a forma como a população do distrito de Évora pode ajudar a Comunidade e o Ambiente. 


O projeto da Gesamb de cidadania solidária, ativa e ambiental promete revolucionar a forma como as populações locais dos 12 municípios de Évora podem ser agentes ativos de mudança para um futuro sustentável e mais solidário. Com a Missão Cascas Solidárias já é possível transformar as cascas do lixo orgânico em ações concretas. Como? Transformando o desvio de resíduos urbanos biodegradáveis (RUB) de aterro em benefício económico de valor a determinar e a ser entregue a IPSS locais. Hoje, 17 de novembro, arranca oficialmente a Missão Cascas Solidárias, com uma campanha porta-a-porta.

“Ser solidário vai passar a ser ridiculamente fácil” – este é um dos lemas do novo projeto intitulado Missão Cascas Solidárias, desenvolvido pela Gesamb em parceria com 12 municípios do distrito de Évora. 
A ideia principal é fomentar o espírito de comunidade e entreajuda, com vista à promoção de uma sociedade mais igualitária e sustentável. Este projeto pioneiro na região tem no seu âmago incentivar as populações locais e organizações a adotarem hábitos de reciclagem do lixo orgânico que produzem, ao mesmo tempo, que contribuem para ajudar localmente quem mais precisa. Tudo passa pela reciclagem das cascas das frutas, legumes, talos, folhas (excluindo proteína animal e óleos alimentares). Ao fazê-lo, todos os habitantes dos 12 concelhos abrangidos do distrito de Évora, sem exceção, estão a contribuir para angariar apoios para ajudar crianças e adultos com deficiência e necessidades especiais. O processo é simples: à quantidade de resíduos orgânicos que os cidadãos vão passar a separar e a depositar – nos equipamentos domésticos e comunitários distribuídos e instalados no distrito de Évora, no âmbito deste projeto – será atribuído um valor que, posteriormente, irá ser convertido em apoio monetário às Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) com presença local e/ou regional. Estas IPSS deverão ter como principal foco da sua atuação, a prestação de cuidados a pessoas com deficiência. Nesta fase, as três IPSS que foram sorteadas são a ASCTE – Associação Sociocultural Terapêutica de Évora; a CerciEstremoz  Cooperativa para a Educação e Reabilitação de Cidadãos Inadaptados e a CerciMor – Cooperativa para a Educação, Reabilitação, Capacitação e Inclusão de Montemor-o-Novo, CRL). De ressalvar que o valor monetário entregue às IPSS locais será calculado em função da quantidade de resíduos orgânicos desviados de aterro e em função do número de equipamentos domésticos e comunitários entregues. A equação é simples: quanto mais pessoas aderirem à prática da compostagem, mais significativo será o apoio prestado às instituições selecionadas.

A Missão Cascas Solidárias arranca oficial e publicamente a 17 de novembro com uma ação porta a porta realizada por um técnico que irá informar, sensibilizar e oferecer compostores domésticos à população que desejar aderir. Ao longo dos próximos meses, nos 12 municípios da área de intervenção da Gesamb, serão instaladas 28 infraestruturas dedicadas (compostores comunitários) e distribuídos 4500 equipamentos domésticos junto das populações (compostores domésticos). 

Este projeto estará ‘na rua’ até agosto de 2022 e, durante este período, pretende-se arreigar hábitos de reciclagem de cascas e sobras de alimentos provenientes do lixo orgânico, criar novos hábitos de consumo, continuar a fomentar a consciência ambiental e motivar os habitantes abrangidos pela Missão Cascas Solidárias na adoção de comportamentos proativas de cariz inclusivo e social com implicação direta na comunidade onde vive. 

Mais informações:
Missão Cascas Solidárias enquadra-se numa estratégia abrangente e que vai ao encontro das exigentes metas europeias e nacionais para a prevenção e valorização dos resíduos e da obrigatoriedade de recolha seletiva de biorresíduos a partir de 2024 e, mais especificamente, na implementação obrigatória de redes de recolha seletiva de resíduos orgânicos ou de processos de separação e reciclagem na origem, até 31 de dezembro de 2023.
A compostagem (doméstica e comunitária) abarca a parte ainda pouco valorizada do lixo doméstico que são os resíduos orgânicos e que representam cerca de 38,51% do total dos resíduos produzidos na região (folhas, talos, cascas, sobras de refeições – exclui óleos e proteínas alimentares). Esta percentagem representa assim o potencial de reciclagem que este projeto pretende captar para a valorização e desvio de aterro.


A Missão Cascas Solidárias surge no âmbito da 3ª edição do Re-Planta! e abrange as populações residentes nos 12 municípios de Évora que integram a Gesamb, a saber: Alandroal, Arraiolos, Borba, Estremoz, Évora, Montemor-o-Novo, Mora, Mourão, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Vendas Novas e Vila Viçosa.


A Compostagem Doméstica (CD) pode ser posta em prática por qualquer família, pessoa ou organização interessada e visa a transformação dos resíduos da cozinha e dos jardins, em composto. É necessário ter um pouco de terra (jardim ou horta), já que o compostor deve ser colocado diretamente na terra. Permite devolver aos solos a matéria orgânica reciclada e fomentar hábitos mais saudáveis e conscientes. Aqui o cidadão é responsável por todo o processo. Já a Compostagem Comunitária (CC) é direcionada para quem vive em zonas com maiores aglomerados habitacionais e que não têm parcela de terra ou jardim. Nestes casos, a Gesamb irá colocar equipamentos de rua (compostores comunitários) para deposição de lixo orgânico, distribuindo recipientes a todos os cidadãos que vivam num raio até 200 metros (no máximo) do equipamento. 

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(20+) Re-Planta | FacebookRe-Planta! – A compostagem está de volta

O projeto Re-Planta! e a campanha Missão Cascas compõe as Ações de educação, sensibilização e informação ambiental para os biorresíduos financiadas no âmbito do Aviso POSEUR 11-2019-29, com o objetivo específico de Valorização dos resíduos, reduzindo a produção e deposição em aterro, aumentando a recolha seletiva e reciclagem.

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