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Um gabinete de arquitetura nova-iorquino ao deparar-se diariamente com um problema persistente na ilha de Manhattan decidiu desenhar um projeto para o resolver. O problema: o lixo urbano versus falta de espaço e a elevada fatura financeira e ambiental. A solução: um projeto denominado Green Loop que mais não é do que vários centros de compostagem, hortas e espaços verdes espalhados pelos bairros de Nova Iorque, sobre o rio Hudson.
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Estas ilhas processariam num piso inferior cerca de 30% do lixo indiferenciado doméstico da cidade, produzindo composto orgânico que seria suficiente para alimentar as hortas e o parque verde localizados na parte superior, como fornecer adubo e alimentos a outras zonas da cidade (movimentando-se por comboio ou pequenos barcos).
Segundos os autores, a dimensão destas estruturas teria a capacidade de albergar por exemplo estabelecimentos de ensino ou equipamentos para a prática de ski no inverno, aumentando também a área verde que a cidade dispõe.
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“Esta proposta criará uma rede de parques de compostagem que processarão o lixo orgânico da cidade. Isso significa uma redução drástica de km percorridos pelos camiões de transporte dos resíduos para os aterros, diminuindo o tráfego, barulho e poluição, com os benefícios adicionais de ruas mais seguras, ar mais limpo e menos emissões de gases do efeito estufa. Além disso, significa um novo tipo de parque público e um produto para o mercado – um composto rico em nutrientes feito em Nova Iorque”, observaram os autores do projeto.
Uma das evoluções referidas para o projeto é que a própria população poderia ser responsável pela  gestão de alguns destes espaços, nomeadamente a exploração das hortas, fortalecendo também as relações de vizinhança e partilha de um bem comum, para além do surgimento de um outro tipo de fruição ao ar livre.
A necessidade de encontrar alternativas mais sustentáveis para o destino dos resíduos nomeadamente a valorização da parcela orgânica é cada vez mais uma realidade trabalhada por vários setores da sociedade em todo o mundo, sendo já vários os exemplos em países como a China, Reino Unido, Brasil e Portugal com as várias hortas comunitárias de base orgânica.
Para saber mais:
os autores
artigo com o projeto mais detalhado